modo de preparo...

domingo, 11 de novembro de 2007

A fantástica fábrica de dinheiro


Nota: bom, primeiramente queria pedir desculpas pela falta de essência humana no meu humilde texto. Na verdade, isso é só uma crônica com tema livre que a rose pediu e, eu, na minha usual falta do que fazer durante as aulas de exatas, escrevi de qualquer jeito. Alilás, nem sei dizer direito se é uma crônica mesmo. Acho que não. Mas como precisava postar alguma coisa aqui antes que fosse expulso do blog, taí. E pra começar, nada melhor do que debutar com um tema que é o meu favorito: futebol. Também não sei se o blog tem algum padrão sem fotos e tal. Acho mesmo é que não deveria ter (se tiver, provavelmente serei repreendido e prometo que no próximo venho com traje social). Pra finalizar, gostaria de clamar por indulgência em virtude da falta de densidade do meu artigo. Não me considero tão “Cult” e sou, digamos, o açúcar misturado nesse leite (sem piadas com a minha condição física, por favor). Enfim, se mesmo depois de tudo isso, vocês quiserem ler, Boa leitura!

Recentemente, fui cercado por uma breve discussão sobre o futebol e todo o dinheiro movimentado pelo mesmo. Entretanto, Aminha paixão por este esporte não permitiu que as minhas reflexões sobre tal assunto fossem tão breves quanto à referida discussão.
Muitos se posicionam contra, de uma forma geral, os esportes “milionários”, que deixaram de ser simplesmente jogos para se tornarem verdadeiras empresas. Recentemente, o primeiro ministro da Inglaterra, Gordon Brown (foto), afirmou que os salários recebidos por jogadores como o zagueiro John Terry (foto), capitão do Chelsea e da seleção inglesa eram obscenos. Só que quem paga esse “dinheiro absurdo” é o próprio Chelsea, na figura do magnata russo-britânico Román Abramovich, que se sustenta pelo próprio futebol. Será que o ministro parou pra pensar que, ao contrário de Terry, o seu também oneroso pagamento é pago com dinheiro público? Ou pior ainda, que a inútil família real leva ao palácio de Buckingham uma quantidade ainda mais obscena do que o salário dos grandes astros do esporte, paga pela população inglesa, inclusive pelos jogadores e clubes? Pelo visto não é só no Brasil que os políticos falam sem pensar.

Mais ou menos como premier inglês, pensam outras pessoas que tentam boicotar o futebol devido às gigantescas cifras giradas por pessoas, geralmente, desprovidas de estudos, ao passo que outras bem melhor instruídas ralam mais para ganhar menos. É aquela velha temática da inversão de valores que assola o Brasil e o mundo. Porém, como sabemos, isso não se restringe ao futebol (basta questionar a razão pela qual um policial rodoviário federal recebe, em vários casos, mais do que um professor universitário, sendo ambos funcionários públicos). Além disso, o dinheiro movimentado pelo mundo dos esportes não é retirado de nada do que não seja o próprio esporte (ou do bolso de seus ricos cartolas) através de renda com público, direitos televisivos ou patrocínios. Muito pelo contrário. Todo esse contingente movimentado até gera fundos para o estado na forma de impostos. Peguemos como exemplo o já citado Román Abramovich. Perseguido na Rússia devido a um escândalo com as estatais soviéticas, Abramovich fugiu para a Inglaterra e conseguiu “comprar” cidadania inglesa por causa do dinheiro que movimentaria no Reino Unido com seu clube de futebol, o Chelsea FC (aliás, um de seus mais rentáveis negócios).


Essa história ganhou mais um capítulo com a recente nomeação do Brasil para sede da copa do mundo de 2014. Já existem comentários de todos os jeitos. Todavia, advêm de pessoas que sequer fazem idéia do lucro que uma copa do mundo gera (é o evento esportivo mais assistido no mundo todo, com cerca de três bilhões de expectadores, seguidos pelos Jogos olímpicos e pela copa do mundo de Rúgbi), na última edição, a copa arrecadou mais de dois bilhões de dólares. Mas isso é assunto para um outro texto sobre a copa que farei quando esta temática estiver melhor digerida pela população.


O fato é que algumas pessoas sentem inveja do dinheiro existente nos esportes mais populares como o futebol, o rúgbi ou a fórmula 1, e os criticam sem um conhecimento prévio. Ainda por cima, cobram dos esportistas coisas que são obrigações governamentais, como caridade, apesar de que muitos o fazem, como os tetras-campeões Raí e Leonardo, que mantêm a fundação “gol de placa”. Enfim, beira a estupidez boicotar essas verdadeiras fábricas de dinheiro enquanto o trabalho que elas executam é saldo positivo para todos.

3 comentários:

João Paulo disse...

Eu acho que a gente deve se vestir do jeito que achar confortável... :D

Massa o texto, Tchuquinha! Ou, é impressionante, sempre quando há muito dinheiro envolvido em alguma coisa já começamos a julgá-la ruim...

É aquela história: preconceituosamente, o carinha rico é egoísta e o pobre é humilde.

pequena disse...

Tchuca,

Penso que seu taxto fala muito mais da essência humana do que muitas divagações existenciais ou poemas líricos de amor.

Acho que ninguém é tão cult quanto julga ou gostaria de ser.

Sobre padrões ( com ou sem foto), bom, não sei,depende menos de mim do que qualquer um de vcs aqui, afinal, entrei por último , mas acho que não deveriam ter padrões -seria com querer padronizar essa tal " essência" humana!

Gostei muito do seu texto/crônica.Eu sempre gostei muito e acompanhei futebol ( sou tricolor-carioca!- e , sim, eu sei, vc é flamenguista...deixemos as diferenças de lado..=T).Concordo com vc quando diz que "beira a estupidez boicotar essas verdadeiras fábricas de dinheiro enquanto o trabalho que elas executam é saldo positivo para todos."

Acrescento ainda que, aqueles que reclamam sem argumentos são movidos por uma certa inveja e não percebem que todo o questionamento proposto pelos próprios políticos em torno disso é uma forma de desviarem a atenção dos verdadeiros problemas.

bjos !

Arthur disse...

Continuo achando injustos alguns salários porque tenho uma idealização meio direcionada para o comunismo. Mas concordo com muita coisa que você disse e confesso que não sabia de muita coisa que você informou. Continuo também nao me atraindo muito por futebol. Ainda acha muito besta o fanatismo da maioria. Mas é isso aí, o legal é que o blog seja formado por pontos de vista divergentes.

E acho que todos nós devemos ter uma característica própria nos textos. Use imagens à vontade.