modo de preparo...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Um pouco sobre Espiritismo

Colegas, de uns meses para cá tomei conhecimento do Espiritismo e comecei a frequentar um centro e ler alguns livros. Vou lhes contar um pouquinho do que já sei, e espero que não se sintam ofendidos de alguma forma. O conhecimento, acredito eu, é importante, independente do que se trata.
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O Espiritismo é uma religião, ciência e filosofia codificada por Allan Kardec. Ele não criou nada, foram os próprios espíritos que criaram, através das respostas que davam às perguntas de Kardec e de vários médiuns. Estas respostas foram editadas no primeiro e mais importante livro da Doutrina,"O Livro dos Espíritos", que contém mais de 1000 perguntas (começando com "O que é Deus?").
É uma doutrina cristã (portanto crê em Jesus e em seus ensinamentos), e pode então ser resumida em "Amai-vos uns aos outros". Só o espírita que pratique constantemente o amor fraterno é um legítimo espírita; é aí que reside toda a importância do Espiritismo, e é aí que reside o conteúdo de praticamente todas as comunicações dos espíritos.
Há a crença na vida após a morte, como na maioria das religiões, mas o fato é que no Espiritismo as próprias comunicações dos espíritos nos revelam isso, e ainda mais: a existência de colônias espirituais, com casas, ministérios e muito serviço cristão. Os espíritos devotados ao bem trabalham constantemente, ajudando o plano espiritual e o nosso plano, o material. Não tem essa de "descansar em paz" ou "desfrutar das maravilhas do paraíso", a vida não acaba com a morte e podemos sempre trabalhar ajudando os outros espíritos, seja encarnados ou desencarnados. E assim como não cremos no Paraíso, também não cremos no Inferno, pois, para nós, Deus não seria bom se condenasse a penitência infinita o homem que praticasse muitos erros na Terra. É justamente aí que entra a reencarnação: o homem que praticou muitos erros reencarna para pagá-los, revestido de um outro corpo. A Terra é, para nós, lugar de provas e expiações, ou seja: praticamente todos os espíritos que aqui reencarnam estão para educar-se, aprender com as dores e dificuldades, resistir aos tormentos e entender o "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei", de Jesus.
Acreditamos que todos somos espíritos em evolução. Existem outros planetas habitados no universo, muitos planetas mais evoluídos que o nosso, que possuem espíritos mais evoluídos, e outros tantos ainda mais rudimentares que a Terra. Acontece algumas vezes de um espírito extremamente evoluído reencarnar em um planeta cujos habitantes ainda são muito pouco evoluídos moralmente, e o faz com o objetivo de acelerar seu processo de crescimento. Foi (e ainda é) o papel de Jesus.
"Fora da Igreja não há salvação", os católicos dizem. "Fora da verdade não há salvação", dizem os evangélicos. "Fora da caridade não há salvação", dizem os espíritas. A caridade é vista como "o amor na sua forma mais sublime", tendo em vista que quem pratica caridade esquece de si completamente, dedicando-se completamente ao outro. Por isso a existência de inúmeras obras voluntárias espíritas, como creches, azilos, núcleos de evangelização, escolas... A caridade pode ser praticada mesmo em casa, no lar; A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência. (mensagem de um espírito em Harvre, na França, que se identificou como Espírito Amigo).
Os espíritas respeitam as outras religiões. O homem que não respeita o outro homem erra na Lei do Amor, a principal. Inclusive não há problema algum de ser, ao mesmo, tempo, por exemplo, espírita e católico. É o meu caso. Eu frequento a Igreja Católica e o Centro Espírita, e me sinto bem nos dois lugares - aliás, mesmo usando algumas palavras diferentes, eu percebo que na maioria das vezes as pessoas querem dizer a mesma coisa. E, se a gente pensar bem, Deus é um só, num é?
Quanto à mediunidade (que foi assunto no blog do Crysthian e no último Globo Repórter), é a capacidade que algumas pessoas têm de fazerem-se intermediários entre os espíritos encarnados e desencarnados. Alguns conseguem ver o plano espiritual (são os videntes), outros conseguem ceder a mão e o pensamento para que o espírito mande uma mensagem escrita (são os escreventes ou psicógrafos), outros conseguem ouvir os espíritos (são os ouvintes), outros conseguem ceder os órgãos vocais para que o espírito comunique-se verbalmente (são os falantes ou psicofônicos), e por aí vai... Ainda há alguns que conseguem pressentir eventos casuais no futuro próximo, outros que conseguem prever catástrofes num futuro distante, outros que conseguem apenas detectar a presença de espíritos, outros que conseguem curar através das mãos (Jesus, por exemplo), outros que promovem movimentos de objetos, enfim, uma série de faculdades... Cada uma destas que eu mencionei tem suas sub-especificações próprias, que não é nosso objetivo expor aqui (como nota de curiosidade, um médiun psicógrafo pode ser mecânico, semi-mecânico (caso de Chico Xavier), intuitivo ou inspirado).
Apesar de empíricamente comprovado, às pessoas podem crer ou não crer nessas comunicações. O fato é que, por exemplo, se você pega uma mensagem de um falecido mandada através de um médium psicógrafo mecânico ou semi-mecânico, vai ver que sua letra é idêntica a que usualmente tinha quando vivo. Essa comprovação de caligrafia foi, já, várias vezes, realizada por grafologistas especializados (peritos judiciais). O próprio teor da mensagem comprova para a família que esta é de autoria do desencarnado mesmo; as palavras, as expressões, os conselhos, a maneira como trata seus amados. É insensato dizer que o médiun é um trapaceiro que na verdade inventa tudo, tendo em vista que o médium muitas vezes é alguém completamente desconhecido da família, que simplesmente trabalha num Centro e pôde receber o espírito que queria mandar a mensagem.
Enfim, acho que isso é tudo, para um resumão. Para encerrar, vou falar de Francisco Cândido Xavier, o maior médium que o mundo já viu. Ele psicografou mais de 400 obras, e não ganhou um centavo por isso. Trabalhou incessantemente para o próximo, ajudando imensas pessoas (chegava a trabalhar 30 horas seguidas), recebendo mensagens, dando conselhos...

Precisamos atender-lhe (Jesus) aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta, em célula de trabalho do Cristo.
A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios. Emmanuel,
através do médium Chico Xavier.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Inventando mundo

Hoje eu vi um rapaz cego.Hoje eu vi um rapaz,até muito bonito,charmoso também, cego.Ele devia ter lá pelos seus dezoito,dezenove anos.Imaginei que ele era cego de nascença,pois tinha uma suavidade nas expressões e trejeitos que só tem quem já viveu um bom tempo a mesma vidinha.Contudo, não é uma vidinha.
Imaginem, ele tem a chance de inventar novas cores, as quais nunca conhecemos,de realmente explorar seus sentidos e descobrir prazer nesses,ele pode ver beleza no que quiser e n~ao precisa ser hip'ocrita para se omitir das fei'uras,pelo menos n~ao visualmente.Ele n~ao precisa temer o lugar comum daquele velho discurso que todo mundo repete, mas do qual jamais seremos totalmente libertos de " n~ao julgo pelas aparências".Ou talvez sua essência nem esteja a'i.Vai saber.
Hoje vi um rapaz cego,(bonito,charmoso),lá pelos seus dezoito anos,de movimentos tranquilos e expressão suave; e pensei cá comigo: o mundo dele dve ser um BOCADO BONITO.Tive vontade de sorri por dentro e minha respiraç~ao t~ao fren'etica se tornou serena.Desejei conhecer seu mundo e esquecer por alguns instantes o meu.