modo de preparo...

sábado, 8 de dezembro de 2007

Teoria das Cores



Nota: Antes de começar, gostaria de adiantar que não sei se algum teórico importante da psicologia já discorreu sobre esse assunto. Provavelmente já. Isso é só uma coisa que eu penso desde a infância e resolvi postar aqui no blog.


O que há de mais legal no mundo são as diferenças. Todo mundo já deve ter pensado em como o mundo seria tedioso caso todas as pessoas compartilhassem as mesmas opiniões. Mas por que isso não ocorre? Como pode alguém gostar de pimentão e odiar leite com toddy? Isso ninguém pode explicar. Mesmo assim, eu, na minha gana de querer explicar tudo, bolei uma teoria que batizei de Teoria das Cores. Isso porque, apesar de valer para quase todas as divergências de pensamento, é mais fácil de explicá-la através das cores.


Me considero um sujeito bem cético. Não tenho religião e tampouco acredito em destino, nesse papo de sorte e azar e de que as pessoas já nascem predestinadas. Ontem mesmo, assistindo ao "Sportv tá na área", o comentarista Roberto Assaf deu um exemplo claro de que sorte e azar não existem: no campeonato brasileiro de 92, quando meu mengão foi penta (isso mesmo são paulinos, PENTAcampeão), o Vasco, precisando vencer o Flamengo para a classificação, teve um lance oportuno no final do jogo quando o lateral Cássio corria para efetuar o cruzamento. Só que no momento em que ele ia cruzar, sofreu uma distensão na coxa e o Vasco foi eliminado. Outro jogo mais recente entre Flamengo e Vasco (como eu adoro jogos em que o Vasco se dá mal) teve um lance ainda mais bizarro. No último minuto de jogo, o lateral vascaíno Wagner Diniz chutou forte para o gol quase livre do Flamengo, mas aquele que seria o gol da vitória parou na testa no também vascaíno Alan Kardec. Aí você exclama: que azar! Mas eu não penso assim. Para mim, o Cássio não estava bem condicionado fisicamente para dar aquele sprint aos 40 minutos do segundo tempo. O Alan Kardec tentou se livrar da marcação para pegar um possível rebote e acabou passando na trajetória do chute que, forte em demasia, não deu tempo para que o atacante desviasse da bola. Para mim é sempre assim. Uma série de fatores se fundem para formar o acontecimento, e uma vez queninguém vive exatamente igual a ninguém, as pessoas se tornam diferentes. Mas depois dessa viagem ao Maracanã (me desculpem por essas constantes referências ao futebol. Não é coincidência, é tendência), voltemos ao que interessa.


Mesmo sem acreditar nessa predestinação universal, a Teoria das Cores, apesar de bem simples, me fez pensar um pouco. Já pararam para pensar que a forma como eu enxergo o vermelho pode ser o jeito com que vocês enxergam o azul? Não que eu tenha algum problema como o daltonismo, mas que, não necessariamente enxergo as cores na mesma tonalidade que você e, uma vez que não temos o poder de entrar nos corpos um do outro, nunca saberemos se enxergamos da mesma forma ou não. Isso porque eu e você aprendemos, desde que nascemos, que aquela cor, apesar de enxergarmos de forma oposta, se chama azul e, dali em diante, tudo que tiver aquela tonalidade será por nós reconhecido como azul, inclusive o céu. Reconhecemos a mesma cor mesmo que não enxerguemos da mesma maneira. Também não poderemos atribuir adjetivos às cores porque eles também foram padrozinadamente impostos sobre nós. Sei que é complexo. Eu também demorei anos para pensar em tudo isso. Se precisar, peço que leia esse parágrafo novamente.Essa alegoria serve para mostrar que nunca saberemos porque formamos idéias tão diferentes (se bem que já diz meu pai: nunca diga nunca). E isso não serve só para cores, mas também para gostos, sensações...


A Teoria também mostra como somos controlados pela sociedade, que nos impõe valores e idéias com as quais não conseguimos lutar. E é exatamente por isso que dou tanto valor às diferenças, por viver inserido numa sociedade que tenta padronizar ao máximo todas as pessoas e mesmo assim elas se tornam diferentes.
São essas divergências que devemos respeitar e, ainda que discordemos do outro, não devemos condenar as opiniões ou atitudes dele. Cada um tem que fazer o que julga melhor para si próprio, afinal, ninguém gosta mais de você do que você mesmo e é justamente respeitando as diferenças que faremos uma sociedade mais pacífica.


P.S.: As caricaturas ficaram legais, apesar de eu ter ficado igualzinho a um botão de camisa. Mas tudo bem, ficou "fófs".

6 comentários:

Anônimo disse...

muito inteligente, você.
Immanuel Kant e Renée Descartes têm teorias iguaizinhas a essa. mas cores são muito mais legais ;D

João Paulo disse...

:)

Eee, postou! :D

deh gouthier; disse...

� aquela velha hist�ria de o que seria do azul se todos gostassem do amarelo.
e eu tinha pensado em uma coisa boa quando li no papel, mas nem me lembro mais. mas o que importa � que eu curti a teoria. ;)

pequena disse...

Achei um barato a teoria, Tchuca!
Sabe,algumas correntes de psicologia e até mesmo algumas religiões dizem que cada cor representa um estado de espírito ( acho até, que é daí que deriva-se aquela definic;ão das auras..emfim).
é um assunto fascinante esse!
x) ;*

pequena disse...

me esqueci: tchuca, uma das coisas que mais gosto nos seus postos são as fotos, até pq, só vc posta fotos- eles "colorem" mais a casa. :)

Anônimo disse...

ai
adoro isso.
poderia ficar horas disertando sobre o espectro de cores visível humano. *-*
física é tudo.