modo de preparo...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Não acredito que eu errei!


Ó, o JP falou que eu podia postar qualquer coisa aqui no blog. Não precisava ser texto. Acho até que isso vai contribuir um pouco pra diversão do site. Então aí vai o link:

http://xtremedownload.110mb.com/testidiota.htm

Quero ver quem é o sabichão que vai conseguir. Eu perdi na parte que pede pra apertar o menor botão vermelho.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Reformas...


Bom, que fique claro que eu apoio a causa Toddyana! Infelizmente fui desanimando mesmo, mas isso é coisa do passado. Não prometo (como nunca prometi) postagens freqüentes, mas essa aqui, pelo menos, saiu! "Ah Tchuca, freqüente com trema? Como você é desatualizado." Sim, com trema sim. É sobre isso mesmo que eu vim falar aqui. Dessa reforma sem chão, parede ou penico! Passei a minha vida inteira ouvindo aquelas professoras de português (que tendem, não me perguntem por que, a serem as mais chatas) dizerem que não podemos escrever vc, td, blz... Isso porque a norma culta da língua, que não passa de apenas mais uma faceta do português (o Arthur vai me matar...), deve ser respeitada e tal. E agora? Agora, como já aconteceu, os imbecis têm a brilhante idéia de fazer uma reforma que, em sua grande maioria (dane-se se isso tá errado, porque essa maioria é grande mesmo!), só tem a "rusticalizar" a língua. Veja o lado do trema, por exemplo. Por que abolí-lo? Coloquem-se no lugar de um estrangeiro aprendendo a língua ou, pior ainda, de um nativo que desconhece uma determinada palavra com trema (infelizmente não consigo pensar em uma que seja tão incomum assim). Como esse indivíduo saberá a pronúncio correta? Se é freqüente ou frequente? Queijo ou Qüeijo? Não vou ficar discorrendo sobre todos os meus protestos para com todas as novas regras, mas acho que isso só rebaixará a língua a um nível cada vez menor de complexidade, o que é sinônimo de perfeição (pelo menos nesse caso). Quantos de nós já nos flagramos cheios de orgulho quando aquele estrangeiro disse que o português é uma língua muito difícil, uma vez que é tão perfeita. Pensamos : "nossa, e eu a domino tão bem". Ou então quando aquele professor de inglês disse que a matéria dele é muito fácil. "Inglês é língua de índio!". Vai por aí mesmo. Tão querendo "emburrecer" o português. E é por isso que sou radicalmente contra essa reforma. E com aval de especialistas, como o saudoso douto Carolos André, que vi falando sobre isso no jornal ontem.

Ou então, isso pode ser só ranzinzice minha mesmo. Quem me conhece sabe que eu odeio mudanças. Minha mãe ainda jura que eu larguei a faculdade por causa disso. As vezes é até por isso que eu parei de escrever aqui. Porque estou, eu mesmo, vivendo uma reforma. De personalidade, sei lá.

Agora... Sobre o último texto João, porque logo os meus textos são os "gordos"? E outra, você esqueceu de citar a característica mais marcante das minhas produções: as figuras. Aposto que agora mesmo, quando você acessou o blog pra ver se algum dos seus parceiros relapsos tinham acatado o seu puxão de orelha e escrito um texto, e deu de cara com uma fotinha percebeu: "ah, o Tchuca escreveu!". Já tava me pressionando a escrever desde sábado, quando você me intimou cara-a-cara. Só não achava o tema, mas ele surgiu espontaneamente quando fui comentar o seu último post. Eu realmente não consegui pensar em uma desculpa esfarrapada tão boa quanto a do Arthur, tendo em vista que na minha atual "atôaice", não podia dizer que andava tão ocupado. Huauhauah, brincadeira.

Bom, é isso aí. Perdoem os erros porque, ao contrário dos outros que eu escrevi, eu não o revisei.
That's all folks!

PS: precisamos de uma nova foto pra capa do blog.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Como é que se faz para escrever?

Os professores de redação enfrentam um desafio: incentivar seus alunos a escreverem*. As alegações destes são quase sempre as mesmas: "não tenho criatividade", "não sei escrever". Vez ou outra, entretanto, aparecem alguns com disposição para participar desta aventura. Em geral, eles também gostam de ler. Passam a fazer as tarefas de casa com capricho, escrevendo os textos pedidos com dedicação e criatividade. Lêem os escritos na sala de aula (resistindo, internamente, a timidez) e animam-se ainda mais quando recebem elogios dos colegas de sala e da professora.

Então, começam a escrever por conta própria, só pelo prazer em colocar as idéias no papel; às vezes, mostram estes textos para alguns amigos, que continuam a admirá-lo. Daí esses aventureiros fazem uma pequena "assembléia" num recreio qualquer, um olha pro outro, e um mais barbudo diz: "Poxa, porque não criamos um blog na internet onde todos nós, juntos, podemos postar textos?"

Aí vira a maior festa! Uma enxurrada de textos, agora, escritos ali na internet, pra todo mundo ver! É perder a vergonha e escrever sem medo de ser feliz! E não é que acaba saindo dali textos muito interessantes, dignos de comentários de muitos internautas amigos? A coisa é tão empolgante que até caricatura eles colocam no canto da página!

E tudo parece muito bonito até aparecer, do nada, uma força diferente de todas que essas pessoas já haviam experimentado. Uma Maria começa a rascunhar alguns textos mas pára antes de terminar, porque alguma coisa diz que o texto não está bom. Aquele barbudinho começa a arranjar mil outras coisas para fazer e acaba escrevendo menos frequentemente**. Um outro de mesmo nome, que já escrevia pouco, vai preguiçando, preguiçando... A outra menina, que até teoria de blocos unidimensionais esboçava, passa a recolher-se a outras peripécias da vida, ou melhor, deixa de se recolher à pequena salinha do blog do Toddy, e pára de escrever quase que completamente. E uma outra menina, tão meiga (que nunca foi na creche comigo) também, naquele seu jeitinho lenga-lenga-carinhoso, vai deixando de escrever...

A empolgação vai sumindo, e eles vão preferindo tédio ao Toddy.

Mas ninguém pode brigar com eles e obrigá-los a escrever! Porque a gente só escreve bem de verdade quando não há pressão, quando o texto sai assim, de repente, quando a gente quer. Ademais, todos tem sua vida, suas obrigações, e o blog não pode prender ninguém, a idéia é justamente o contrário, de ele ser sinônimo de liberdade. Se quase ninguém escreve mais, "paciência", como dizem.

Claro que sentimos falta dos textos sem maiúsculas da Dé, de frases pingadas, que continham nas entrelinhas o coração que ela julga (e eu também) maior que o mundo; dos textos introspectivos da Aline, tão naturalmente escritos, que retratavam em geral a "dor do mundo" (expressão que compreende as diversas dores da vida, tão infinitamente variadas e doídas); dos textos gramaticalmente corretos do Arthur, que com seu jeito todo incorretamente criativo, retratava alguns fenômenos da vida toddyana; dos textos gordos do Tchuca, tão recheados de informação das mais variadas e observações das mais perspicazes sobre uma infinidade de assuntos (cores, futebol, amizade...). A Paula, apesar de escrever mais (e também postar no seu blog), também nos faz sentir falta daqueles parênteses que dão múltiplos significados a uma mesma frase, falando de modo tão original (e por vezes tão intelectual!) de suas preocupações, pensamentos e teorias acerca do mundo, "do seu mundo", como ela gosta.

Será por que que pararam de escrever? É algo que me dá tanto prazer, tanto tesão, tenho certeza de que sentem a mesma coisa... Será que esqueceram como é que se faz? Logo eles, que sabem que o segredo para escrever bons textos é justamente o fato de não haver segredo algum! Será que não lembram que um texto grande e bonito pode acabar saindo de um fato do dia, de uma palavra apenas, de qualquer coisa? Será que falta fé nos seus rascunhos, será que não acreditam que eles possam valer um bom texto? Ou será que é só o tempo mesmo, esse comedor insaciável de textos, idéias e arte, que está atrapalhando o Leite com Toddy?

Pode ser, entretanto, problema de ordem mais profunda. Eu sou ainda muito burro nesses assuntos de alma, mas a Clarice Lispector me ajuda. Talvez meus amigos do Toddy possam estar passando por esta situação:

Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.


Neste caso, eu peço desculpas por importunar. Vocês estão em busca de uma verdade muito profunda, e acabam deixando de escrever por acreditarem que nunca a alcançarão. É uma atmosfera entediante que lhes diz que escrever não muda em nada, não faz diferença... Digo a vocês somente que é meu desejo também, um dia, escrever um texto com essa tal verdade profunda. Mas enquanto não chego lá, vou me divertindo em escrever verdades rasas! E quem me garante que, num desses mergulhos textuais, eu não consiga tocar rapidamente o fundo deste lago maluco?

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Este texto era para ser um protesto, mas eu não consigo protestar. Estou é com saudades mesmo!

* Nunca sei se é "escrever" ou "escreverem".

** O trema está sendo abolido oficialmente da língua portuguesa. :)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Asfixiada

Não consigo mais escrever.Ora uma angústia me toma,ora o tédio me vence.Por mais que eu queira, por mais que eu force,me dói saber, mas não consigo mais escrever,(por enquanto,eu espero),aqui.Parece que eu engasguei ' no' leite com toddy.

domingo, 11 de maio de 2008

Reflexão

A morte da menina Isabella, mesmo com todo o estardalhaço que a mídia já fez, é algo que ainda me espanta. O fato de não existirem quaisquer indícios de que uma terceira pessoa tenha entrado no apartamento nos leva a crer que foram eles mesmo, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, os responsáveis por tal atrocidade. Talvez não tenha sido eles, claro, mas tudo indica que sim. O pior é ver que, no depoimento que eles deram ao Fantástico, eles falam que não, Jatobá diz que Deus é seu único testemunho e Alexandre diz que prometeu, vendo a filha morta no caixão, que vai encontrar o assassino, custe o que custar.

Daí, a gente usa a razão e pensa "Que falsidade! Só podem ter sido eles..." e vem a emoção e completa ", desgraçados, sem-coração." E no nosso íntimo ficamos com uma vontade louca de esganá-los, de fazê-los entender que isso tudo é errado, tá muito errado, é muito desumano, é muito tenebroso isso, seus filhos da puta! E começamos a torturá-los no nosso pensamento. Provavelmente, se estivéssemos em São Paulo e eles passassem andando na rua, não perderíamos tempo e começaríamos a maltratá-los, a linchá-los, para que eles aprendam, para que eles entendam...

E acabaríamos matando o casal, de uma forma tão fria e cruel como eles mataram Isabella. Seríamos nós os criminosos. Teríamos sujas de sangue nossas mãos, e tudo o que falamos anteriormente sobre paz, amor, não faria mais sentido. E a Isabella, lá no Céu, veria com olhos lacrimejando tudo isso, porque uma garotinha tão bela e inocente não quereria tanto caos, tanta revolta, tanta violência, quereria apenas a paz, porque ela, lá em cima, com toda a sua bondade, já perdoou o que o casal fez...

"Mas a justiça deve ser feita", pensamos nós, aqui na Terra. De fato, ela tem de ser feita, mas pelo Estado! Há muitos anos atrás, os homens concederam ao Estado o monopólio da violência. Não cabe a nós violentar o casal e fazer justiça com as próprias mãos... É o Estado que tem este monopólio, e a maior violência que poderá fazer é metê-los dentro de uma cela de prisão por longos anos. Cabe ao Estado fazer Justiça! Não podemos nunca nos esquecer disso! Caso contrário, voltamos as épocas antigas, em que a justiça era feita pelos homens, através de vinganças privadas e públicas, e a humanidade beirava o caos.

Não quero defender o casal. Mas também não quero acusá-lo veementemente. Quero, na verdade, um mundo mais pacífico, mais espiritualizado... E isso começa dentro da gente. Penso que não devemos tratar criminosos como escória da humanidade, porque eles são seres humanos, como a gente, que talvez tenham errado muito mais que a gente, mas que merecem a nossa compaixão.